Guerra entre Ucrânia x Russia

A guerra entre Ucrânia e Rússia, que começou em 2014 com a anexação da Crimeia por parte de Moscou, se intensificou nos últimos meses com o aumento das tensões na fronteira e as acusações mútuas de violações do cessar-fogo. Neste post, vamos recapitular os principais acontecimentos que marcaram esse conflito e as possíveis consequências para a região e o mundo.

– Em fevereiro de 2014, após uma onda de protestos pró-europeus que derrubou o presidente pró-russo Viktor Yanukovych, a Rússia enviou tropas para a península da Crimeia, uma região autônoma da Ucrânia que abriga uma base naval russa. Em março, um referendo controverso aprovou a adesão da Crimeia à Federação Russa, reconhecida apenas por alguns países aliados de Moscou. A Ucrânia e a comunidade internacional consideraram o ato uma violação da soberania e da integridade territorial ucranianas.

– Em abril de 2014, grupos separatistas pró-russos se rebelaram contra o governo central de Kiev em duas regiões do leste da Ucrânia: Donetsk e Lugansk. Com o apoio militar e financeiro da Rússia, eles declararam as chamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, que não são reconhecidas por nenhum país. A Ucrânia acusou a Rússia de fomentar e participar diretamente do conflito, enviando soldados e armas para os rebeldes. A Rússia negou as acusações e afirmou que apenas oferecia ajuda humanitária aos civis.

– Em setembro de 2014, após meses de combates que deixaram milhares de mortos e deslocados, os líderes da Ucrânia, da Rússia, da França e da Alemanha assinaram em Minsk, capital da Belarus, um acordo de paz que previa um cessar-fogo, a retirada de armas pesadas da linha de frente, a troca de prisioneiros, a restauração do controle ucraniano sobre a fronteira com a Rússia e um estatuto especial para as regiões separatistas. No entanto, o acordo não foi cumprido integralmente por nenhuma das partes e os confrontos continuaram esporadicamente.



– Em novembro de 2018, um incidente naval entre Ucrânia e Rússia elevou a tensão na região. A guarda costeira russa capturou três navios ucranianos que tentavam passar pelo estreito de Kerch, uma passagem estratégica que liga o mar Negro ao mar de Azov. A Rússia acusou a Ucrânia de violar suas águas territoriais, enquanto a Ucrânia afirmou que tinha direito de navegar livremente pelo estreito. Os 24 marinheiros ucranianos foram detidos na Rússia até serem libertos em uma troca de prisioneiros em setembro de 2019.

– Em abril de 2021, a situação se agravou novamente com o aumento da presença militar russa na fronteira com a Ucrânia e na Crimeia. A Ucrânia denunciou uma escalada provocativa da Rússia e pediu apoio aos seus aliados ocidentais. A Rússia disse que estava realizando exercícios militares rotineiros e que não tinha intenção de invadir a Ucrânia. Os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) expressaram sua solidariedade à Ucrânia e advertiram a Rússia sobre as consequências de uma possível agressão.

– Em maio de 2021, o presidente russo Vladimir Putin ordenou a retirada parcial das tropas da fronteira com a Ucrânia, mas manteve o alerta máximo na Crimeia. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky propôs uma reunião com Putin na zona de conflito para discutir uma solução pacífica para a crise. Putin disse que estava disposto a se reunir com Zelensky em Moscou, mas não na linha de frente. Até o momento, não há data nem local definidos para o encontro.



A guerra entre Ucrânia e Rússia é um dos conflitos mais graves e duradouros da Europa no século XXI. Ela envolve questões históricas, culturais, geopolíticas e econômicas que dificultam uma resolução diplomática. Além disso, ela representa um desafio para a segurança e a estabilidade do continente e uma fonte de tensão entre a Rússia e o Ocidente. A esperança é que as partes envolvidas possam retomar o diálogo e o respeito aos acordos de paz, evitando uma escalada que possa ter consequências catastróficas para a região e o mundo.

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