O conflito entre Israel e Palestina é um dos mais antigos e complexos do mundo.

As origens da disputa remontam ao início do século XX, quando o movimento sionista reivindicava a criação de um Estado judeu na região da Palestina, então sob domínio do Império Otomano. Após a Primeira Guerra Mundial, a Palestina passou a ser administrada pelo Reino Unido, que prometeu apoiar tanto os judeus quanto os árabes na formação de seus próprios Estados. No entanto, as promessas britânicas não se concretizaram, e a tensão entre os dois povos aumentou com a imigração judaica para a Palestina.

Em 1947, a ONU propôs um plano de partilha da Palestina em dois Estados, um judeu e outro árabe, com Jerusalém sob controle internacional. Os judeus aceitaram o plano, mas os árabes o rejeitaram. Em 1948, os judeus declararam a independência de Israel, reconhecido por vários países, mas não pelos árabes. A guerra entre Israel e seus vizinhos árabes, eclodiu, e terminou com a vitória israelense e a ocupação de territórios palestinos.

Desde então, várias guerras e tentativas de paz se sucederam, sem uma solução definitiva para o conflito. A questão Palestina se tornou uma causa central para o mundo árabe e islâmico, que denuncia as violações dos direitos humanos e a colonização israelense nos territórios ocupados. Por outro lado, Israel se defende das ameaças e ataques de grupos radicais palestinos, como o Hamas e a Guerra santa Islâmica, que não reconhecem sua existência e defendem a luta armada contra o Estado judeu.

O objetivo da Palestina em relação à guerra é obter o reconhecimento internacional de seu Estado soberano e independente, com as fronteiras anteriores à guerra de 1967, quando Israel ocupou a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental. A Palestina também reivindica o direito de retorno dos refugiados palestinos que foram expulsos ou fugiram de suas casas durante as guerras, e o fim da ocupação e da colonização israelense nos territórios palestinos. Além disso, a Palestina quer ter acesso aos recursos naturais e aos locais sagrados para o Islã e o Cristianismo em Jerusalém.




No entanto, esses objetivos enfrentam vários obstáculos e divergências, tanto internas quanto externas. Internamente, a Palestina é dividida entre duas facções políticas principais: a Fatah, que controla a Autoridade Nacional Palestina (ANP) na Cisjordânia, e o Hamas, que governa a Faixa de Gaza. Esses grupos têm visões diferentes sobre a estratégia para alcançar a independência Palestina: enquanto a Fatah defende uma solução negociada com Israel, baseada na coexistência pacífica de dois Estados, o Hamas rejeita qualquer acordo com Israel e prega a resistência armada até a libertação de toda a Palestina histórica.

Externamente, a Palestina depende do apoio de outros países árabes e islâmicos, que nem sempre estão alinhados com seus interesses. Alguns países, como o Egito e a Jordânia, têm relações diplomáticas com Israel e buscam uma mediação pacífica do conflito. Outros países, como o Irã e a Síria, apoiam os grupos radicais palestinos e incentivam a confrontação com Israel. Além disso, a Palestina enfrenta a oposição dos Estados Unidos, o qual são o principal aliado de Israel na região e no mundo. Os EUA vetam qualquer resolução da ONU que seja contrária aos interesses israelenses e fornecem ajuda militar e econômica ao Estado judeu.

Diante desse cenário complexo e desfavorável, a Palestina tem poucas chances de alcançar seus objetivos em relação à guerra. A única esperança é que haja uma mudança na política interna de Israel e dos EUA, que possibilite uma retomada das negociações de paz com base no direito internacional e no respeito mútuo. Enquanto isso não acontece, a Palestina continua sofrendo as consequências da ocupação, da violência e da injustiça.

A Palestina é um território que abriga um povo de origem árabe e religião muçulmana, que vive em conflito com Israel há décadas. A disputa pela posse da terra sagrada para as três grandes religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo) tem gerado violência, mortes e violações dos direitos humanos.

Em outubro de 2023, a situação se agravou ainda mais, quando uma nova onda de ataques e represálias entre os dois lados eclodiu, após a morte de um líder palestino por um drone israelense. O grupo radical Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou centenas de foguetes contra Israel, que respondeu com bombardeios aéreos e terrestres. O saldo foi de centenas de mortos e feridos, além de milhares de desabrigados.



A comunidade internacional tentou intervir para cessar as hostilidades, mas sem sucesso. A ONU condenou as ações de ambos os lados e pediu o respeito ao direito internacional humanitário. Vários países ofereceram ajuda humanitária aos palestinos, mas enfrentaram dificuldades para acessar o território. Alguns países também tentaram mediar uma solução diplomática para o conflito, mas sem avanços significativos.

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