A guerra entre Israel e Palestina se intensificou nesta terça-feira.

 Com o lançamento de uma ofensiva militar de Israel contra a faixa de gaza. Segundo fontes militares, o objetivo da operação é destruir as infraestruturas e os arsenais do grupo Hamas, que controla o território palestino. A ofensiva foi iniciada após o fracasso das negociações de paz mediadas pelo Egito e pela ONU, que tentavam pôr fim ao conflito que já dura mais de um mês.

A faixa de gaza é um dos territórios mais densamente povoados do mundo, com cerca de dois milhões de habitantes. A ofensiva de Israel provocou uma forte reação do Hamas, que disparou centenas de foguetes contra o território israelense, causando mortes e feridos entre os civis. O sistema de defesa antimísseis de Israel, conhecido como Cúpula de Ferro, interceptou a maioria dos projéteis, mas alguns conseguiram atingir as cidades de Tel Aviv, Jerusalém e Haifa.

A comunidade internacional condenou a escalada da violência e pediu o fim imediato das hostilidades. O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a situação é “extremamente grave” e que “não há vencedores em uma guerra”. Ele apelou para que as partes respeitem o direito internacional humanitário e protejam os civis, especialmente as crianças. O Conselho de Segurança da ONU se reuniu em uma sessão de emergência para discutir a crise, mas não conseguiu emitir uma declaração conjunta, devido à oposição dos Estados Unidos, aliados de Israel.

A guerra entre Israel e Palestina é um dos conflitos mais antigos e complexos do mundo, com raízes históricas, religiosas e políticas. A disputa pelo território, pelos recursos naturais e pelos locais sagrados tem gerado ciclos de violência e sofrimento para ambos os povos. Apesar das diversas tentativas de solução pacífica, o processo de paz está estagnado há anos, sem perspectivas de avanço. A esperança de uma coexistência pacífica entre israelenses e palestinos parece cada vez mais distante.

A guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, entrou no quarto dia nesta terça-feira, 10 de outubro de 2023, com um saldo de mais de 1.600 mortos e milhares de feridos. O conflito começou no sábado, 7, quando o Hamas lançou um ataque surpresa com centenas de foguetes contra Israel, que respondeu com bombardeios aéreos e uma operação terrestre. Israel declarou estado de guerra e impôs um cerco total a Gaza, cortando o fornecimento de luz, água e alimentos para os quase 2,3 milhões de palestinos que vivem na área. O Hamas, por sua vez, jurou continuar a resistir até que Israel suspenda o bloqueio e reconheça os direitos dos palestinos.

A comunidade internacional tem tentado mediar uma solução pacífica para o conflito, sendo o mais sangrento desde a guerra de 2014. A União Europeia convidou os ministros de Israel e da Palestina para participar da reunião do bloco em Omã, onde também estão presentes os representantes do Conselho de Cooperação do Golfo, uma aliança de países árabes. O objetivo é buscar uma trégua humanitária e retomar as negociações para uma solução de dois Estados, baseada nas fronteiras de 1967.

O conflito entre Israel e a Palestina tem origem no final do século 19, quando o movimento sionista defendia a criação de um Estado judeu na Palestina histórica, dominada na época pelo Império Otomano. Após a Primeira Guerra Mundial, a região passou a ser administrada pelo Reino Unido, que em 1917 prometeu apoiar o estabelecimento de um lar nacional para os judeus na Palestina. Em 1947, a ONU aprovou um plano de partilha da Palestina em dois Estados, um judeu e um árabe, mas os árabes rejeitaram a proposta. Em 1948, os judeus declararam a independência de Israel, reconhecida por vários países, mas não pelos vizinhos árabes, que iniciaram uma guerra contra o novo Estado. Desde então, vários conflitos armados e tentativas de paz se sucederam na região, sem uma solução definitiva para o impasse.

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