Os principais acontecimentos sobre a guerra entre Israel x Hamas até dia 13 de outubro de 2023
A guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, se intensificou nos últimos meses, deixando centenas de mortos e milhares de feridos. Neste post, vamos recapitular os principais acontecimentos desse conflito, com raízes históricas e religiosas, mas também envolve questões políticas e territoriais.
– Em maio de 2021, uma série de protestos de palestinos em Jerusalém Oriental, contra a expulsão de famílias de suas casas por colonos israelenses, foi reprimida pela polícia israelense, que invadiu a mesquita de Al-Aqsa, um dos locais sagrados do Islã. A violência gerou indignação entre os muçulmanos e provocou uma resposta do Hamas, que lançou foguetes contra Israel a partir de Gaza.
– Israel reagiu com ataques aéreos contra alvos do Hamas em Gaza, iniciando uma escalada bélica que durou 11 dias e deixou mais de 250 mortos, a maioria palestinos. O Egito mediou um cessar-fogo entre as partes, que entrou em vigor no dia 21 de maio.
– Em junho de 2021, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu foi destituído do poder após 12 anos, substituído por Naftali Bennett, líder de um partido nacionalista e religioso. Bennett formou uma coalizão heterogênea com partidos de centro, esquerda e até mesmo um partido árabe, visando encerrar a era Netanyahu. No entanto, ele manteve uma postura dura em relação ao Hamas e ao Irã, principal aliado do grupo palestino.
– Em julho de 2021, o Hamas realizou uma marcha em Gaza para celebrar o aniversário da captura do soldado israelense Gilad Shalit em 2006, que foi liberto em 2011 em troca de mais de mil prisioneiros palestinos. A marcha foi vista como uma provocação por Israel, que voltou a bombardear Gaza. O Hamas respondeu com novos disparos de foguetes, mas o confronto não se prolongou.
– Em agosto de 2021, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a retirada das tropas americanas do Afeganistão, após 20 anos de guerra. A decisão foi criticada por Israel, que temia um fortalecimento dos grupos radicais islâmicos na região, como o Talibã e o Estado Islâmico. O Hamas parabenizou o Talibã pela “vitória” sobre os EUA e pediu que ele apoiasse a causa Palestina.
– Em setembro de 2021, o primeiro-ministro Bennett se reuniu com Biden na Casa Branca, buscando reforçar a aliança entre os dois países e discutir formas de conter o programa nuclear iraniano. Bennett também se encontrou com o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi no Cairo, na primeira visita oficial de um líder israelense ao Egito em uma década. Os dois conversaram sobre a situação em Gaza e a retomada das negociações de paz entre Israel e os palestinos.
– Em outubro de 2021, o Hamas anunciou que havia capturado dois soldados israelenses em uma operação secreta em Gaza. O grupo exigiu a libertação de centenas de prisioneiros palestinos em troca dos reféns. Israel negou que houvesse soldados capturados e acusou o Hamas de mentir para ganhar apoio popular. O impasse aumentou a tensão entre as partes e elevou o risco de uma nova guerra.