Os principais acontecimentos da Guerra entre Israel x Hamas. O que poderá acontecer nos próximos dias.

A guerra entre Israel e o grupo Hamas iniciou no dia 7 de outubro de 2023, quando o grupo terrorista lançou foguetes contra cidades israelenses a partir da Faixa de Gaza, matando mais de mil pessoas. Israel declarou guerra e revidou os ataques com bombardeios aéreos e terrestres, convocando 300 mil reservistas para uma possível invasão. O conflito já deixou mais de 1.500 mortos, sendo a maioria civis palestinos.

O ataque do Hamas coincidiu com o aniversário de 50 anos do início da Guerra do Yom Kippur, na qual Egito e Síria atacaram Israel para recuperar territórios perdidos na Guerra dos Seis Dias em 1967. Alguns analistas apontam que o grupo extremista teria agido por influência do Irã, que não reconhece Israel como país e apoia a criação de um Estado palestino. Outros fatores que contribuíram para a escalada da violência foram a crise política interna de Israel, liderada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, acusado de corrupção, e os ataques de Israel contra fiéis muçulmanos na Mesquita de al-Aqsa durante o Ramadã.



Diante da situação humanitária crítica na Faixa de Gaza, a ONU pediu a abertura de um Corredor Humanitário para permitir a entrada de ajuda médica e alimentar aos palestinos. Um Corredor Humanitário é uma área protegida em zonas de conflito, aonde as partes envolvidas se comprometem a não atacar e a garantir o acesso seguro de organizações humanitárias. No entanto, Israel recusou o pedido da ONU, alegando que o Hamas poderia se aproveitar do Corredor Humanitário para se rearmar e continuar os ataques.

O Brasil propôs à Organização das Nações Unidas (ONU) a criação de um corredor humanitário para facilitar o acesso de ajuda humanitária aos países afetados pela crise migratória na América do Sul. O corredor humanitário seria uma rota segura e legal para os refugiados e migrantes que fogem da violência, da pobreza e da perseguição em seus países de origem. O Brasil argumenta que o corredor humanitário contribuiria para aliviar a pressão sobre os países vizinhos, que estão recebendo um grande fluxo de pessoas, e para garantir os direitos humanos e a dignidade dos deslocados.

O Brasil também se ofereceu para liderar uma missão humanitária regional, em parceria com a ONU e outras organizações internacionais, para coordenar a entrega de alimentos, medicamentos, água e abrigo aos necessitados. O Brasil espera que a sua proposta seja apoiada pelos demais membros da ONU e que possa ser implementada o mais rápido possível, diante da gravidade da situação humanitária na América do Sul.



A ONU também acusou Israel e o Hamas de cometerem Crimes de Guerra, que são violações graves das leis internacionais que protegem os direitos humanos em situações de conflito armado. Entre os exemplos de Crimes de Guerra estão: ataques deliberados contra civis, prisioneiros ou feridos; uso desproporcional da força; tortura; execuções sumárias; recrutamento de crianças, soldados; entre outros. A ONU afirmou que vai investigar as denúncias e responsabilizar os culpados pelos Crimes de Guerra cometidos na guerra entre Israel e o Hamas.

Após quatro dias de intensos combates, Israel e o Hamas anunciaram um Cessar-fogo na madrugada desta quarta-feira (11), após uma mediação diplomática liderada pelo Egito, com o apoio dos Estados Unidos, da Rússia e da China. Um Cessar-fogo é um acordo temporário entre as partes em guerra para suspender as hostilidades e negociar uma solução pacífica para o conflito. O Cessar-fogo foi celebrado nas ruas da Faixa de Gaza e de Tel Aviv, mas ainda é frágil e depende do cumprimento dos termos acordados por Israel e pelo Hamas.

Nos próximos dias, há uma possibilidade de que as partes em conflito cheguem a um acordo para suspender as hostilidades e iniciar um processo de diálogo. Essa seria uma oportunidade histórica para encerrar uma guerra que já dura décadas e que causou milhares de mortes e deslocamentos. No entanto, ainda existem muitos obstáculos e desafios para que esse cenário se concretize. É preciso haver vontade política, compromisso e respeito mútuo entre os envolvidos, bem como o apoio da comunidade internacional e da sociedade civil. A paz não se constrói muito rapidamente, mas é um objetivo que vale a pena perseguir.

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